30 June 2008

«Alma de Vento»



Traz o vento as horas
Em que o meu amor em mim refez,
Entre o medo e as demoras,
Os silêncios sem "porquês".

Vão no vento os medos
Que soubeste à minha voz.
Gaurdo ao vento os meus segredos
E a razão de sermos nós.

Meu amor,
Às ruas da cidade
Canto o amor,
Na voz de uma saudade,
Que o amor
É um fado sem idade

Vem no vento a chuva
Que se entrega ao meu olhar
Quando a alma em mim se curva
E teima em não querer quebrar.

E quando o tempo levar o sal do pranto
Apagando a dor do fim,
Escondo-me num fado e canto
Como canta o vento em mim.

Meu amor,
Às ruas da cidade
Canto amor
Na voz de uma saudade
Quando o amor
É mais que uma ansiedade,
É a dor
Dum fado sem idade...



(Diogo Clemente / Dominic Miller)

1 Comments:

Blogger Ruben - o Grande said...

Quem conseguir compreender, verdadeiramente, estes versos e o poema, no seu todo, compreenderá muito das «horas», dos «silêncios sem 'porquês'» bem como o porquê de haver almas que, mesmo vergadas, «teimam em não querer quebrar»...

7:07 PM  

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