18 November 2006

'Os primeiros quatro meses' / 'Sem ti'


Quatro meses...ja vou no quarto mês de 'cicatrização' e nada!! Parece impossivel. Estou parvo comigo mesmo.... sempre disse que nao chegaria a sofrer tanto por alguém, mas agora vejo-me completamente vidrado no que nao foi bem como no que poderia ter sido. É estupidez minha? Auto-mutilação sentimental?

Quer dizer, quando se acaba uma relação em que se semeara tantos sonhos, tantos sentimentos por nao haver tempo para uma maior ligação como é suposto ficarmos? Como é suposto aguentar o segundo choque de ser trocado?? É que, ainda por cima, era uma relação que, ainda nas suas fundações, estava a ser cimentada em algo muito mais puro, algo muito mais profundo do que meros 'curtes', meras experiencias fisicas - que, aliás, nunca se verificaram efetivamente -... Será por isso que é tao dificil de esquecer? Será que é por isso nao estar com essa pessoa sem me ser obrigado a fazer enorme esforço para não me deixar levar por uma enxurrada hemorrágica? Sim, porque o coração também chora, o coração também é obrigado a mentir e dizer que está tudo bem, o coração também sangra, mas sangra profusamente, abundantemente, desesperadamente, apaixonadamente, descontroladamente, estupida e desnecessariamente segundo a minha razão... Porque ao pensar e repensar tudo o que nao foi sou martirizado duas vezes: esvaio-me, afogo-me com o meu coração e, por outro lado, reestruturo a minha pseudo-alegria, o meu pseudo-sorriso tirado a ferros por vontade da minha razão que mo obriga a fazer, porque, tal como muitos dizem, tal como muitos me dizem e também eu costumo dizer/pensar: tudo corre desenfreadamente, tudo nos foge, tudo nos escapa, tudo passa, tudo cai, tudo há-de morrer...

Enfim, até que tudo passe, apenas me resta mesmo esperar... Mas esperar que tudo caia, esperar que tudo se desmorone á minha volta não é meu feitio... Resta esperar porque para mim olhar para tras, olhar para o passado para além de ser chorar, para além de ser morrer, é também recordar, é também viver...

04 November 2006

MEU CORAÇAO SEM DIREITO

"Lá foi o tal coração
Que eu tinha contravontade
Lá foi aquele ladrão
Não sei para que cidade

O meu velho coração
Que ficou triste comigo
Por causa desse ladrão
Não volta a ser meu amigo

Pobre de quem envelhece
Por fora do coração
Que novo nos aparece
Com uma nova paixão

Meu coração sem direito
De bater tão apressado
Anda dentro do meu peito
Onde não cabe coitado

Vai-te embora coração
Eu não sou boa morada
Onde mora a solidão
Não há lugar p'ra mais nada"

Amália Rodrigues in Versos

ME MYSELF AND I

Hello, dear fans... este blog foi criado para servir como espécie de diário um tanto ou quanto publico onde serao expostas situações do dia a dia de um estudante de LETRAS; seus desgostos, suas alegrias, suas emoções, suas iras e tudo e tudo e tudo... espero q apreciem, comentem, divaguem... :P